quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Pensamentos Soltos




Ontem resolvi fazer aquela faxina, tentando jogar fora o que não me servia mais. Foi aí que foleando algumas folhas de um caderno, me deparei com um desabafo que fiz alguns dias atrás sobre uma pessoa que um dia foi um grande amigo, ou eu achei em determinado momento que fosse. É estranho como as pessoas tem o poder de deixar a gente pra baixo, eu particulamente me apego muito fácil a seres humanos nada humanos e vivia me surpreendendo com atos que eu não esperava. Hoje, continuo me apegando mas nada me surpreende mais, nem a morte da Dercy! Rs
As pessoas próximas a mim, as vezes confundem minha amizade com amor. Eu amo todo mundo mesmo, e com muita intensidade, porque se não tiver intensidade em tudo que eu faço, não vai ter graça nenhuma viver! Quando é amigo, eu sinto afeto, tenho carinho, desejo o bem, eu amo e muito, mas isso não que dizer que eu tenha algum interesse além disso, sexual, casual, paixonite. Nada disso! Mas tudo bem, eles ainda superam! hahaha!

Bom, o texto é esse aí, e se alguém ler, parece mesmo um término de um relacionamento bem sério.
E quem disse que amizade não é um relacionamento sério?!

***

Acho que teve medo. Medo de te se entregar de forma a que eu te prendesse .
Medo de se dar de forma que eu não te largasse. Mas como todo ser humano você é feito de duas matérias. Feito de nada e feito de tudo. Feito de corpo e feito de coração. Feito de indiferença e de matéria inflamável. Feito de egoísmo e de generosidade; de mentira e verdade; de vergonha e de abertura; de receio e de loucura. É feito de ti e foi feito para mim. Quando os nossos caminhos se cruzavam, era feito à minha medida, encaixava no que sou, no que por ti respiro. Quando éramos nós no mundo em que, pela primeira vez nos cruzámos, junto àqueles que sempre à nossa volta giraram, era feito de qualquer um deles, de qualquer papel, de plástico, de cartão... qualquer material vulgar, banal e usual ... rotineiro e repetitivo. Quando nos encontrávamos fora do nosso mundo, você se tornava como todos os outros , aliás , fora do nosso mundo, eu me tornava qualquer uma, qualquer pessoa de passo apressado, mais ou menos próxima de ti. Para mim me amava, para o mundo me conhecia. Para mim eu era-te precisa, causadora de saudades, até de algum ciúme ... para o mundo você me era preciso, causador das maiores saudades e dos mais tremendos ciúmes. Saiba que para mim era o mundo ... e eu sei que , para ti, eu era uma no mundo. Chegámos a ser existências entrelaçadas. Hoje não somos nada ...