segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O que eu aprendi com os relacionamentos anteriores?




... Sambas novos, com certeza!
Meu visual itinerante, alterado com vestes diversas multicores.
A salvar bêbados, levantar de comas, dar tapas na cara...
Diversas posições próprias e impróprias para a plenitude;
Livros, dores únicas, lágrimas ímpares.
Lugares aos quais não sei retornar...
A implorar perdão,
a implorar casamento,
a negar o sexo,
a, enfim, dar o sexo.
E a perder o nexo[!]
Tornar- me uma artista in off das relações.
Várias línguas: falo todas!
A debochar de meu pranto e achá-lo cômico.
A chorar escondida, segurar o chôro e a rir das confusões.
Visões e olhares, aos milhares, impossíveis de diagnosticar...
A dar- me e a egoisticar-me.
A ver o amor presente no ódio, no bofetão.
A escrever num caderno de trás pra frente e a nunca ler jornais de frente pra trás.
A negar meu desejo
e a me arrepender
a voltar atrás chorando
a me jogar aos pés e a me levantar, impassível. E conformada.
Deixar passar as perplexidades e aceitar e assumir a normalidade na loucura.
A ver o amor presente no abandono.
A entra e a sair(,a escutar promessas eternas de amor , aceitar, assumir e depois deixar a pessoa ir...) ainda viva e, o que é maior, renascida, deslumbrada!

A agir de forma incoerente e ineficaz
a negar tudo aquilo o que eu mais queria e acredito
de mim e de minha vida
a fazer tudo ao contrário a me virar do avesso e me comer por dentro
e assim, descobrir o sabor de ser comida
a sentir e a suportar as sensações devas(t)sadoras de ser de alguém
.
Sim, tudo aprendi.
E falta tudo, ainda, é verdade.
Em verdade, o que mais e melhor aprendi,
é a loucura em todos nós
e em nisso tudo não há nada de coerência
é o amor quem nos devora e nos cala.
Em nós manda.
Se a vida é louca e nada posso contra ela,
desisti de planejar.
Quanto mais experiências, mais inocência.
Quanto mais vivi, mais loucura vi.
Menos planos e menos certezas de tudo o que eu mais queria.
Tornei- me passiva.
Louca, lúcida e passiva.
Estou tão imensamente lúcida que enlouqueci.
Com os relacionamentos anteriores aprendi
a incoerência.